TEORIA E PRÁTICA - ATIVIDADES PARA DESENVOLVER AS FUNÇÕES EXECUTIVAS

ATIVIDADES PARA DESENVOLVER AS FUNÇÕES EXECUTIVAS

           As funções executivas referem-se a um conjunto de habilidades cognitivas que nos permitem planejar, organizar, iniciar, monitorar e ajustar nosso comportamento em direção a metas e objetivos específicos.

FUNÇÕES EXECUTIVAS

As Funções Executivas podem ser definidas como um grupo complexo e integrado de recursos cognitivos que permitem ao sujeito efetuar comportamentos voltados a fins previamente decididos. (OSÓRIO e et al, 2021, p.1)

As  funções executivas desempenham um papel crucial em nossa vida diária, permitindo-nos lidar com tarefas complexas, resolver problemas, adaptar-nos a novas situações e tomar decisões informadas.

Hamdan e Pereira (2009, p.24)  definem função executiva como um sistema  funcional neuropsicológico que gerencia os recursos cognitivo-comportamentais com as finalidades de planejamento e regulação do comportamento.

As funções executivas são essenciais para o desenvolvimento infantil e continuam a desempenhar um papel importante ao longo da vida adulta.

As Funções Executivas  correspondem a um conjunto de processos responsáveis pela coordenação de funções cognitivas, comportamentais e emocionais visando a otimização do desempenho na busca de metas. (OSÓRIO e et al, 2021, p.2)

HABILIDADES COGNITIVAS

Tradicionalmente, funções executivas referem-se às habilidades cognitivas envolvidas no planejamento, iniciação, seguimento e monitoramento de comportamentos complexos dirigidos a um fim. (HAMDAN E PEREIRA, 2009, p.386)

Algumas habilidades que compõem as funções executivas incluem:

·         Memória de Trabalho

      É a capacidade de manter e manipular temporariamente informações relevantes para realizar tarefas em andamento. Ela nos permite lembrar informações importantes e aplicá-las de forma eficaz durante o processo de tomada de decisão.

·         Flexibilidade cognitiva

       Refere-se à capacidade de mudar rapidamente entre diferentes tarefas, estratégias ou pensamentos, de acordo com as demandas da situação. A flexibilidade cognitiva é essencial para nos adaptarmos a mudanças e resolver problemas de maneira criativa.

·         Inibição

      Também conhecida como controle inibitório, é a capacidade de suprimir respostas automáticas ou impulsos inadequados em favor de ações mais adequadas ou socialmente aceitáveis. Isso nos permite resistir a distrações e tomar decisões ponderadas.

·         Planejamento e organização

      Envolve a capacidade de criar estratégias e dividir tarefas complexas em etapas menores e mais gerenciáveis. Um bom planejamento e organização ajudam a alcançar objetivos de maneira mais eficiente.

·         Resolução de problemas

      É a habilidade de identificar e resolver problemas de forma eficaz, aplicando o pensamento lógico e métodos sistemáticos para encontrar soluções.

·        Autorregulação emocional

      Refere-se à capacidade de gerenciar e regular nossas emoções em resposta a diferentes situações. Uma boa autorregulação emocional ajuda a manter o foco e evitar decisões impulsivas baseadas em emoções intensas.

·         Monitoramento

      Envolve a capacidade de avaliar e supervisionar constantemente nosso próprio desempenho e o progresso em direção aos objetivos. O monitoramento nos ajuda a identificar erros e ajustar nosso comportamento conforme necessário.

Tais processos não estão presentes apenas durante um processamento cognitivo, mas são requeridos também em decisões pessoais, e interações sociais, envolvendo, entre outros aspectos, desejo e motivação. (CORSO e et al,  2013, p.24)

O aprimoramento das funções executivas é essencial para melhorar a produtividade, a capacidade de aprendizado e a tomada de decisões informadas em todas as áreas da vida.

FUNÇÕES EXECUTIVAS DIVIDIDA EM TRÊS ÁREAS

Pesquisadores e especialistas em neuropsicologia consideram que as funções executivas podem ser agrupadas em três áreas fundamentais: memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva.

Destaca-se que os três componentes das Funções Executivas se relacionam diretamente a uma interação adaptativa do indivíduo ao mundo, permitindo o desenvolvimento do autocontrole, a manipulação de ideias, a atenção seletiva e sustentada, dentre outras habilidades necessárias ao processo de aprendizagem. (OSÓRIO e et al, 2021, p.3)

Essas três áreas são essenciais para o funcionamento adequado das funções executivas e desempenham um papel importante no planejamento, organização e adaptação a diferentes situações.

Possivelmente levando em conta a referida abrangência e variedade das funções executivas, alguns autores propõem sua categorização em domínios distintos. (CORSO e et al,  2013, p.24)

A seguir a explicação de cada uma dessas áreas em mais detalhes:

1.    Memória de trabalho: É a capacidade de manter temporariamente informações relevantes em mente e manipulá-las para realizar tarefas complexas. Essa função permite que você se lembre de informações importantes enquanto as utiliza ativamente para resolver problemas, tomar decisões e realizar várias atividades. É como um "rascunho mental" que ajuda a lembrar das informações necessárias para concluir uma tarefa.

2.    Controle inibitório: Também conhecido como controle inibitório ou inibição cognitiva, é a habilidade de suprimir respostas automáticas ou comportamentos impulsivos inadequados em determinadas situações. Ter um bom controle inibitório nos ajuda a resistir a distrações e a evitar agir de forma impulsiva, permitindo que nos concentremos nas tarefas importantes e adequadas para a situação.

3.  Flexibilidade cognitiva: Essa dimensão está relacionada à capacidade de mudar rapidamente entre diferentes tarefas, estratégias ou perspectivas de acordo com as demandas do ambiente. A flexibilidade cognitiva nos permite adaptar-nos a novas situações, mudar de estratégia quando necessário e abordar problemas de diferentes ângulos para encontrar soluções eficazes.



As três áreas estão intimamente interligadas e trabalham em conjunto para nos ajudar a navegar com sucesso pelas demandas do dia a dia.

Quando as funções executivas estão bem desenvolvidas, podemos enfrentar desafios complexos e tomar decisões informadas com maior facilidade. Por outro lado, dificuldades nas funções executivas podem afetar a nossa capacidade de planejamento, organização e autorregulação, dificultando a realização eficiente de tarefas e o alcance de objetivos.

De acordo com a pesquisa sobre aprendizagem de Corso e et al  (2013, p.21) indica que as capacidades de planejamento, monitoramento e controle são centrais ao processo de aprender e que falhas ou atraso no seu desenvolvimento estão presentes nas dificuldades de aprendizagem.

ATIVIDADES PRÁTICAS

As evidências na literatura apontam para o fato de que as funções executivas envolvem uma ampla gama de funções cognitivas. (HAMDAN E PEREIRA, 2009, p.388 )

A seguir uma tabela com algumas atividades que podem desenvolver e aprimorar as funções executivas no ambiente escolar.

Ter um bom funcionamento das funções executivas é fundamental para a eficiência e a capacidade de realizar tarefas complexas e alcançar metas de maneira eficaz.

De acordo com Hamdan e Pereira (2009, p.388 )  as funções executivas podem ser compreendidas como termo amplo que se refere ao produto de uma operação constituída por vários processos cognitivos para realizar uma tarefa particular, como por exemplo, o raciocínio, a abstração ou o comportamento social.

As funções executivas estão envolvidas em uma variedade de atividades diárias.

O desenvolvimento das funções executivas também parece apresentar papel importante para a aprendizagem de diferentes conteúdos acadêmicos. (HAMDAN E PEREIRA, 2009, p.387)

CONCLUSÃO

Conclui-se que as funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas superiores que nos permitem planejar, organizar, iniciar, monitorar e ajustar nosso comportamento em direção a metas e objetivos específicos. Elas são essenciais para o funcionamento adequado em diversas atividades da vida diária, desde o planejamento de tarefas até a tomada de decisões e a resolução de problemas.

As três dimensões fundamentais das funções executivas são a memória de trabalho, o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva. A memória de trabalho permite que mantenhamos temporariamente informações relevantes em mente e as manipulemos mentalmente, enquanto o controle inibitório nos ajuda a resistir a distrações e a evitar comportamentos impulsivos. A flexibilidade cognitiva nos permite adaptar-nos a diferentes situações e mudar nossa abordagem quando necessário.

Quando as funções executivas estão bem desenvolvidas, podemos enfrentar desafios complexos, tomar decisões informadas e lidar com mudanças de forma mais eficiente. Por outro lado, dificuldades nas funções executivas podem afetar a organização, o planejamento, o autocontrole e a capacidade de aprender e se adaptar.

É importante reconhecer a importância das funções executivas no desenvolvimento humano e em todas as fases da vida. Investir no aprimoramento dessas habilidades pode ser benéfico para melhorar a produtividade, a eficiência e a qualidade de vida em geral. Além disso, uma compreensão mais profunda das funções executivas pode ajudar pais, educadores e profissionais de saúde a apoiar melhor indivíduos com dificuldades nessa área, permitindo que eles alcancem seu potencial máximo.

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BIBLIOGRAFIA

CORSO, H. V. et al.. Metacognição e funções executivas: relações entre os conceitos e implicações para a aprendizagem. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 29, n. 1, p. 21–29, jan. 2013.

HAMDAN, A. C.; PEREIRA, A. P. DE A.. Avaliação neuropsicológica das funções executivas: considerações metodológicas. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 22, n. 3, p. 386–393, 2009.

OSÓRIO, S.; SANTANA , A. N. DE .; MELO, M. R. A. Funções executivas em crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem . Ciências & Cognição, v. 26, n. 2, 31 dez. 2021.

 

 

 

 

 

 

 

 

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